Shriya Saran Kajal Agarwal Anushka Shetty Tamanna Ileana Aishwarya Rai Katrina Kaif

Monday, September 22, 2008

"O que falta em Israel é humildade"


Ouvi essa frase de uma amiga judia que voltou recentemente de um tour por Israel e pela Europa. Antes de tudo, quero deixar claro que não entro na discussão sobre Israel não para ser contra ou a favor de A ou B, apenas admiro o país de primeiro mundo que a comunidade judaica montou naquele pedacinho de Oriente Médio. Conheço prós e contras, mas não entrarei no mérito da questão religiosa ou das campanhas militares e de suas respectivas reações.

De norte a sul
Após desembarcar no aeroporto de Tel Aviv e conhecer o país quase de norte a sul, desde o litoral até montanhas, desertos, passeios de camelo, Mar Morto, e até kibutzim - plural de kibutz, culinária, costumes e pessoas, pôde-me contar sobre a pesada infra-estrutura turística e urbanística, clima, diversão e principalmente sobre as diferenças entre árabes e judeus.

Segundo a própria, chega a ser difícil distingüir se um individúo pertence a um povo ou outro, pois as semelhanças físicas são várias. Por sinal, não somente física, mas também de costumes e até de idioma. Mas uma coisa que eu nunca esperava ouvir e ouvi, foi sobre a gentileza e hospitalidade do povo árabe em Israel.

Gentileza árabe, rudeza judaica
Ainda da narrativa, caso o turista entre em uma loja de judeu, observe muito as coisas, faça perguntas e o proprietário perceba que não existe um efetivo interesse de comprar, o visitante passa a ser quase enchotado do recinto. Já nas vendas árabes, os vendedores e donos recebem muito bem os compradores, fazem questão de explicar sobre cada produto e sorrir com toda gentileza. Isso da boca de uma judia, ein.

Nas festas noturnas, os homens costumam apresentar-se já pela sua ocupação - quanto mais militarizada for, mais status representa. Por lá, o Estado não é tão laico. Por exemplo, não existe casamento no civil, apenas no religioso. Caso o casal ou um dos dois noivos seja não-judeu, precisam viajar para outro país, caso desejem consumar burocraticamente a união.

Com metralhadora desde os 16 anos
Em Israel, homens e mulheres servem ao exército aos 16 anos, não é raro ver jovenszinhos pelas ruas munidos de pesadas escopetas e metralhadoras. O treinamento é altamente especializado, o policiamento, então, nem se fala: é um dos lugares onde mais concentra-se força bélica.

Nas caminhadas, em grupos com cerca de 15 a 40 jovens, sempre são acompanhados de um guia, prerencialmente que fale a língua-mãe dos visitantes, e de obrigatoriamente dois seguranças armados com grosso calibre. Até certo tempo atrás, era possível pedir emprestada a arma de um deles para tirar uma foto - até que um turista apontou-a para própria cabeça afim de uma foto mais chocante. Claro, não disparou contra si próprio, mas conseguiu a proibição do empréstimo.

Kibutzim em reascensão
Hoje em dia - até li uma matéria sobre isso, semana passada - os kibutzim estão ainda mais especializados. Kibutz é um sistema produtivo inspirado no socialismo: nasceu como fazendas de criação intensiva, as quais recebiam judeus pobres (sim! existem!) e não tão abonados para trabalho livre e sem mais-valia, onde o dinheiro recebido pela produção era distribuído entre seus funcionários.

Esse sistema entrou em crise na década de 80 - década das privatizações e de governos israelenses interessados em desmontar esse meio de distribuição de renda. Hoje em dia, os kibutzin que restaram, aprimoraram sua produção, não produzem apenas bens primários, já industrializam seus insumos e muitos montaram até vilas turísticas com lojas refinas, sorveterias, criaram até marcas (inclusive para exportação) e contam até com escritórios em Tel Aviv.

Kibutz, pela wikipédia: aqui.

No comments:

Post a Comment