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Wednesday, August 13, 2008

Criatec - novo fundo do BNDES

Criatec - novo fundo do BNDES

Participei hoje de uma palestra do BNDES com as seguintes colocações: para que criar uma empresa? Provavelmente para fazê-la crescer, crescer, ganhar mercado, espaço e ir tocando-a para o resto dos anos de vida, não? Talvez. Uma tendência relativamente jovem vem criando uma nova concepção sobre isso: criar empresas, estruturá-las, fazer com que elas demarquem um território no mercado e anos depois, simplesmente vendê-la!

Esse é chamado o Seed Capital, ou Capital Semente, em português: consiste em participar como sócio em uma empresa no exato momento de sua criação ou em seus primeiros anos de vida, injetando um capital considerável e assim dar-lhe ânimo e poder para ganhar mercado.

Um lado entra com o capital humano puramente técnico, projeto, idéias, tecnologia, direitos autorais, know-how, e possivelmente também uma fração do capital, enquanto o outro entra com o resto do capital e com toda uma equipe técnica de economistas, contadores e administradores. Ambos lados farão uma empresa decolar.

Antecedentes
O Seed Capital nasceu nos Estados Unidos, seus investidores são chamados de Angel Investors - investidores-anjo - justamente porque patrocina um empreendimento bem incerto, é um capital de risco. Visa altíssimos índices de lucratividade em poucos anos, justamente para compensar as empresas que alcançarem a falência. Daí a importância de apostar em várias empresas.

O BNDES, por exemplo, visa multiplicar por nada menos que 12 vezes em apenas 4 anos. Quer investir R$80 milhões em 50 empresas, sendo 5 só na região de Belém.

Existe uma empresa na Inglaterra que cuida disso: ataca principalmente as universidades onde mais cria-se tecnologia, injetam capital e um terço do lucro vai para os cofres da universidade em questão, um terço para o aluno (ou grupo de alunos) que criou e o outro terço vai para a empresa.

Aqui no Brasil existe a relativamente pouco tempo, uma empresa já com tradição no ramo é a ERP - Empresa Riograndense de Participações. Existe mais poucas pelo Paraná, São Paulo e menos em Minas Gerais. É uma das novas tendências, justamente porque no comecinho da empresa é quando ela mais cresce percentualmente, onde o capital mais pode multiplicar-se.

Facilitaria o provincianismo financeiro?
A lógica das grandes empresas é cada vez mais expandir-se, seja por ganhar mercado, seja por comprar empresas menores do mesmo ramo, por incorporá-las em troca de ações ou seja por fali-las. Na contramão dessa história, empreendedores desejam abrir novas empresas. Mas não tão na contramão, justamente porque serão empresas para venda ou incorporação, principalmente para essas multinacionais. Isso então não facilitaria o provincianismo financeiro (já tão forte no Brasil)? É uma das minhas únicas críticas a isso.

Concepção dos Fundo Soberanos
Esse ano, o Brasil criou um Fundo Soberano, é como se fosse uma poupança do governo federal, onde ele coloca recursos e investe fora do país, visando basicamente duas finalidades: aumentar essa poupança, como forma de garantir segurança material ao governo e atrair dólares para o país.

Isso nasceu exatamente em 1954, quando os países árabes exportadores de petróleo decidiram criar fundos para investir do exterior, justamente querendo precaver-se para um tempo quando acabasse o petróleo. Boa parte do lucro do petróleo, eles injetavam no Fundo Soberano. Isso ao longo de mais de cinquenta anos, os países petroexportadores mais tradicionais somam US$ 3 trilhões para investir tranquilamente no exterior. Ou seja, quando acabar o mar de petróleo, existe um mar de dinheiro. Caso conseguirem irrisórios 0,5% de retorno ao mês (menos que a poupança), já receberão uma renda de US$ 15 bilhões mensais.

Essa seria até uma boa idéia para o Pará fazer isso com os lucros da exportação de seus minerais, não? Afinal, somos a maior província mineralógica do planeta e o que sustenta esse estado é em boa parte o minério. Quando acabar, como foi com a Serra do Navio, o que faremos? Poderia também ter sido na época da borracha, hoje seria uma fortuna gigantesca.

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