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Sunday, August 17, 2008

Um poço de especulações


Nessa semana, um funcionário de alto escalão da Petrobras afirmou ter recebido de fontes não-oficiais informações que dão conta da descoberta de uma giga-reserva, cinco vezes maior que a reserva Tupi. A Tupi representou a descoberta de 50% de toda e qualquer reserva já achada no país até então. Confirmada, essa nova reserva representaria tudo e mais dois terços de todas as reservas encontradas até hoje no Brasil, já incluindo a Tupi.

Porém, é estranho essa informação ter saído dessa forma: um funcionário, sem tanta credencial para falar em nome de uma das maiores petrolíferas do mundo, ainda afirmando ser de fonte não-oficial, mas foi o suficiente para sacudir a bolsa: em um único dia, as ações da Petrobrás subiram mais de 7%. No dia da confirmação da Tupi, subiram mais de 18%.

O blog Página Crítica Pará relembra um fato muito interessante: cerca de 20 anos atrás, foi propagada a descoberta de uma gigantesca reserva de petróleo aqui no próprio Pará, estado sem tradição petrolífera:

A Globo anunciou, com estardalhaço, a descoberta de um imenso campo petrolífero no Pará.
Meio constrangido, sem saber o que falar, o então presidente Sarney apareceu no Jornal Nacional falando ao telefone com um técnico supostamente lotado na plataforma onde se dera a descoberta.
A história do mega-campo paraense sumiu como surgiu: do nada para o nada. Nunca mais ninguém falou nisso.
Mas, por alguns dias, as ações da Petrobrás foram para as alturas.

Quem estava envolvido com a transação de ações? Ninguém menos que Naji Nahas, libanês multimilionário, caçado pela Polícia Federal, acusado de crimes na bolsa. Na época, funcionava como uma espécime de empréstimo de ações da Petrobras: Nahas emprestou toneladas dessas ações de outras pessoas, vendeu essas toneladas dessas ações e posteriormente necessitaria comprar - também toneladas - para devolvê-las a seus donos, entregando-lhes o mesmo número de ações.

Parecia um plano fantástico e infalível, Naji emprestaria as ações para vender a um preço altíssimo e depois, com a queda da cotação - por descobrirem que foi um blêfe - compraria as mesmas ações baratas e devolveria. Mas o passo foi bem mais largo que a perna: a primeira parte deu certo, ele conseguiu vender horrores em ações... mas na hora de recomprar para honrar com o compromisso de devolver ..não conseguiu, justamente por que a cotação só subia.

Naji Nahas foi a falência, não teve como pagar a seus credores e consequentemente ocasionou a quebra da Bolsa do Rio em 1989.

E agora, com essa virtual nova giga-reserva de Carioca, como está sendo chamada, na Bacia de Santos, perto da Tupi? Parece uma história mau contada para ser verdade, uma empresa global do porte da Petrobras não vazaria uma informação tããão importante assim, ainda mais através de um funcionário de sem tantas credenciais e sem confirmação.

Não são pequenas as chances de isso ser uma mentirinha para que amigos desse funcionário comprassem as ações no dia anterior e vendessem depois da valorização, ganhando 7% naquele dia, parecido como foi com a venda da Ipiranga para a Petrobras: um grupo de ocultos investidores lucrou nada menos que R$ 4,2 milhões em um único dia por comprar toneladas de ações da Ipiranga na véspera do anúncio de venda.

Essas coisas comprovam cada vez mais que a Bolsa não influencia na economia nacional e que serve principalmente para sugar dinheiro que poderia ser usado no setor produtivo (fábricas, lojas, empresas, infra-estrutura), sendo drenado para inflar o preço de inúteis ações cada vez mais inchadas.
Seringueira em inglês tem Pará no nome


Apesar da biopirataria e de todo o não-reconhecimento biológico com relação às espécies nativas da Amazônia, a exemplo dos nomes científicos (em latim), onde quase nenhum deles faz referência a Brasil ou Amazônia, bem como os brasileiros em geral acharem que o açaí é do Rio de Janeiro ou desconhecerem a origem do Pirarucu e da tapioca, fora falar do caso da Castanha-do-Pará: que o Brasil a declara como Brazil Nut para o mercado mundial (uma tradução seria Castanha-do-Brasil), roubando o título paraense.

Pois bem, mas com a seringueira foi diferente, pelo menos no nome. A revelia desse não-reconhecimento, ela ganhou o nome científico de Hevea brasiliensis, e tem mais: não sei por qual motivo ou razão, em inglês ela foi batizada de Pará Rubber Tree.

Claro, na língua inglesa não existe acento, logo, quase todos os anglófonos referem-se a árvore como Para Rubber Tree. Em inglês, rubber significa borracha em geral, não importando se é a do látex (natural) ou do petróleo (artificial); tree significa árvore: ou seja, resultaria em uma tradução algo como Árvore da Borracha do Pará.

Adorei saber. Apesar da seringueira ser nativa de toda a Amazônia e de ter sido explorada em toda a região (principalmente no vale do Rio Amazonas), desde perto do litoral paraense até a remota fronteira com a Bolívia, onde hoje é o Acre, o Pará sempre produziu mais borracha que qualquer outro estado amazônico, além claro, de toda a produção precisar passar por Belém, por causa da localização estratégica (como se a Amazônia fosse uma garrafa e Belém fosse o gargalo), talvez esteja aí a explicação para o nome ...afinal, o tipo do petróleo produzido em todos os países do Oriente Médio é conhecido apenas como Dubai Oil.

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