Petrolífera lusa mais rica que Portugal
No ano 2000 a petrolífera portuguesa Galp (Portugal Petróleo), a britânica BG Group e a brasileira Petrobrás uniram-se em um consórcio e arremataram um grande lote na divisa marítima entre os estados de São Paulo e Rio de Janeiro. A fatia de cada uma, 65% à tupiniquim, 25% à inglesa e 10% à lusitana.
O detelhe foi que no final do ano passado nesse mesmo lote foi descoberta a giga-reserva Tupi, correspondente a 50% de toda e qualquer reserva petrolífera encontrada no país até então. No último dia 7, o consórcio anunciou que o tamanho da reserva pode chegar a 30 bilhões de barris de petróleo. Se for verdade, à Galp cabe 3 bilhões de barris, e segundo a cotação atual, isso daria nada menos que US$ 240 bilhões, superior ao PIB português, de US$ 232 bilhões.
Louva Deus, o mais interessante ainda é que, como a Petrobrás, a Galp também é estatal, é um dos braços de arrecadação não-tributária do Estado português. Como fiel escudeiro da República Portuguesa, nada me resta além de comemorar o achado e torcer para que investimentos efectivos sejam feitos principalmente no interior e no norte do país, regiões com economia e demografia decrescentes, visando tirar Portugal da condição de um dos países menos desenvolvidos da União Europeia. Para os padrões europeus, Portugal é um país atrasado, e os próprios portugueses enxergam-se como povo atrasado, detalhe: a qualidade de vida deles é superior às regiões socialmente mais evoluídas do Brasil.
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