Renda da sociedade na colônia financeira: investir ou consumir?
No embalado da questão do provincianismo financeiro, eu coloco aqui mais uma faceta dessa modalidade de colonização. Refere-se justamente ao destino do capital espalhado pelas mãos da população: investimento ou consumo?
Infelizmente, um pequeno percentual das pessoas têm consciência da importância do investimento. Geralmente são imediatistas e acreditam mais em um produto para consumo atualmente do que na possibilidade de receber lucro futuramente. Alegam que a vida não é só dinheiro, que a vida é agora, além de outras colocações dessa ordem.
Investir não reside no único intuito de resgatar um valor mais alto para apenas reinvestir e nunca gastar: a consciência do investir está assentada justamente no investir, reinvestir e gastar apenas uma fração do montante. Dessa forma, a percela destinada ao consumo será percentualmente a mesma, porém absolutamente crescente, permitindo a elevação do padrão de vida da pessoa.
Aportar capital visando um retorno está no sentido de criar um lastro, uma segurança. Dinheiro não é apenas um produto de troca comercial, mas principalmente um instrumento, uma ferramenta de trabalho - que pode se reproduzir como coelho.
Colônia financeira: menor densidade de investidores regionais
Partindo-se do princípio que uma colônia financeira é concebido como um território onde existe produção (principalmente no setor primário, caso do Pará), onde existe assalariado, classe baixa, classe média, pode-se dizer que é uma economia com corpo, porém sem cabeça. Sem cabeça no sentido de sem gerência, justamente porque os detentores daqueles meios de produção têm pouca ligação com esses territórios, não residem ali e/ou muito menos estão preocupados com alguma melhoria para lá.
Não serei demagogo ao ponto de dizer que um investidor só pode investir seus recursos na cidade, estado ou país onde mantem domicílio, mas quero expressar a importância mister da relação do investidor para com o território onde investe: onde ele não deve apenas lucrar, mas também onde é poderia realizar seus gastos.
Relação com o território
Quando alguém mora em uma rua, terá interesse em vê-la bem pavimentada, iluminada e segura. Se não morar, dificilmente haverá esse interesse. Se eu sou do Brasil, desejarei ver meu país sediando uma copa do mundo e não em qualquer outro local. Se aqui moro, provavelmente trabalharei aqui e principalmente gastarei aqui. É mais ou menos sobre esse tipo de relação a qual me refiro: algo inexistente para um investidor estabelecido em um país com investimentos em outro.
Como melhorar?
Para minimizar o provincianismo financeiro, uma forma difundida seria incentivar a pequena e média empresa, realizar PPPs (Parcerias Público-Privadas) e/ou também aglomerar em uma mesma organização: pessoas físicas, jurídicas, entidades e outros organismos possíveis os quais apresentassem essa ligação, interesse e/ou responsabilidade para com o desenvolvimento do território em questão.
Por exemplo: se sou gestor de um município sojeiro do Brasil Central e desejaria uma indústria para beneficiar soja, como deveria proceder? De forma tradicional, deveria dar incentivos fiscais e facilidades para atração de empresários de outros estados implementarem essa usina. Do ponto de vista que defendo, haveria o estímulo para realização de uma coleta entre classe média, prefeitura e empresariado para construir essa usina, podendo haver participação de empresas do ramo. Quando a usina lucrasse, a cidade sentiria o impacto direto, não apenas seus proprietários, sentados em escritórios milhares de kilômetros distante dali.
Nosso dinheiro também é capital
O que não devemos é apenas ver nossos conterrâneos recebendo salários e usando-os integralmente para o consumo: o ideal seria incentivá-los, seja através de publicidade, vantagens fiscais (ou até compulsoriamente, como o FGTS) a investir parte de suas receitas em potenciais empreendimentos nos próprios territórios.
Quando uma população investe e tem retorno - como é o exemplo do momento de saque do FGTS - dificilmente ela enviará para outro país: muito provavelmente irá adquirir patrimônio ou bens de capital no próprio lugar onde reside. Nesse ponto de vista, cada pessoa investir na própria terra já não seria apenas gerar lucro, mas sim elevar o próprio padrão de vida como membro dessa sociedade.
No embalado da questão do provincianismo financeiro, eu coloco aqui mais uma faceta dessa modalidade de colonização. Refere-se justamente ao destino do capital espalhado pelas mãos da população: investimento ou consumo?
Infelizmente, um pequeno percentual das pessoas têm consciência da importância do investimento. Geralmente são imediatistas e acreditam mais em um produto para consumo atualmente do que na possibilidade de receber lucro futuramente. Alegam que a vida não é só dinheiro, que a vida é agora, além de outras colocações dessa ordem.
Investir não reside no único intuito de resgatar um valor mais alto para apenas reinvestir e nunca gastar: a consciência do investir está assentada justamente no investir, reinvestir e gastar apenas uma fração do montante. Dessa forma, a percela destinada ao consumo será percentualmente a mesma, porém absolutamente crescente, permitindo a elevação do padrão de vida da pessoa.
Aportar capital visando um retorno está no sentido de criar um lastro, uma segurança. Dinheiro não é apenas um produto de troca comercial, mas principalmente um instrumento, uma ferramenta de trabalho - que pode se reproduzir como coelho.
Colônia financeira: menor densidade de investidores regionais
Partindo-se do princípio que uma colônia financeira é concebido como um território onde existe produção (principalmente no setor primário, caso do Pará), onde existe assalariado, classe baixa, classe média, pode-se dizer que é uma economia com corpo, porém sem cabeça. Sem cabeça no sentido de sem gerência, justamente porque os detentores daqueles meios de produção têm pouca ligação com esses territórios, não residem ali e/ou muito menos estão preocupados com alguma melhoria para lá.
Não serei demagogo ao ponto de dizer que um investidor só pode investir seus recursos na cidade, estado ou país onde mantem domicílio, mas quero expressar a importância mister da relação do investidor para com o território onde investe: onde ele não deve apenas lucrar, mas também onde é poderia realizar seus gastos.
Relação com o território
Quando alguém mora em uma rua, terá interesse em vê-la bem pavimentada, iluminada e segura. Se não morar, dificilmente haverá esse interesse. Se eu sou do Brasil, desejarei ver meu país sediando uma copa do mundo e não em qualquer outro local. Se aqui moro, provavelmente trabalharei aqui e principalmente gastarei aqui. É mais ou menos sobre esse tipo de relação a qual me refiro: algo inexistente para um investidor estabelecido em um país com investimentos em outro.
Como melhorar?
Para minimizar o provincianismo financeiro, uma forma difundida seria incentivar a pequena e média empresa, realizar PPPs (Parcerias Público-Privadas) e/ou também aglomerar em uma mesma organização: pessoas físicas, jurídicas, entidades e outros organismos possíveis os quais apresentassem essa ligação, interesse e/ou responsabilidade para com o desenvolvimento do território em questão.
Por exemplo: se sou gestor de um município sojeiro do Brasil Central e desejaria uma indústria para beneficiar soja, como deveria proceder? De forma tradicional, deveria dar incentivos fiscais e facilidades para atração de empresários de outros estados implementarem essa usina. Do ponto de vista que defendo, haveria o estímulo para realização de uma coleta entre classe média, prefeitura e empresariado para construir essa usina, podendo haver participação de empresas do ramo. Quando a usina lucrasse, a cidade sentiria o impacto direto, não apenas seus proprietários, sentados em escritórios milhares de kilômetros distante dali.
Nosso dinheiro também é capital
O que não devemos é apenas ver nossos conterrâneos recebendo salários e usando-os integralmente para o consumo: o ideal seria incentivá-los, seja através de publicidade, vantagens fiscais (ou até compulsoriamente, como o FGTS) a investir parte de suas receitas em potenciais empreendimentos nos próprios territórios.
Quando uma população investe e tem retorno - como é o exemplo do momento de saque do FGTS - dificilmente ela enviará para outro país: muito provavelmente irá adquirir patrimônio ou bens de capital no próprio lugar onde reside. Nesse ponto de vista, cada pessoa investir na própria terra já não seria apenas gerar lucro, mas sim elevar o próprio padrão de vida como membro dessa sociedade.
O ideal seria que todos investissem. Investindo em seus próprios territórios, haveria menor dependência do capital exógeno e maior lucro gerado aos próprios habitantes dessa região, incentivando diretamente o setor terciário
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