Produzir, maximizar os ganhos e minimizar os custos: essa é a lógica do lucro. Mas, e o cenário econômico, as condições materiais, o poder de compra de um território, não são levadas em conta? Claro que sim. Para uma empresa ter sucesso ela tem de ter clientela garantida, depende de outros agentes econômicos. Ninguém pode prosperar sozinho no mundo. Afinal, onde seria mais interessante abrir uma loja qualquer: no Pará, onde a renda per capita é de cerca de R$5 mil ou no Distrito Federal, onde é cerca de R$25 mil?
A quem cabe melhorar as condições econômicas de uma região? Com relação a construção de um poder aquisitivo na sociedade (elaboração de um bom cenário econômico) somado às condições sócioambientais (que influenciarão na economia), podemos catalogar três espécies de capitalista: o que se preocupa só com o lucro; o que se preocupa em construir uma sociedade com poder de compra; e o híbrido. Vejamos:
- só lucro: é o mais próximo do chamado capitalismo selvagem, onde o investidor visa o lucro e não se preocupa em melhorar o cenário (social, econômico e ambiental) onde tem empreendimentos.
- só qualificador: em 99% desses casos quem desempenha é o próprio governo, através de programas sociais, distribuição de bolsas, empregos públicos, auxílios, e principalmente serviços públicos em geral. ONGs e segmentos da Igreja também poderiam ser listados.
- híbrido: é o mais recente deles, onde empresas criam fundações e/ou tomam atitudes de ajudar a sociedade a desenvolver-se com práticas sócio-ambientais, como escolas particulares darem bolsas de estudo, bancos criando escolas gratuitas (Bradesco), plantação de mudas para reflorestamento, construção de creches para trabalhadoras-mães, empresas reformando praças públicas (como a Sol Informática), filantropia, etc.
Esses comportamentos podem ser comparados a pescadores, onde a sociedade seria um lago e os peixes seriam a riqueza: é onde existe o pescador que só pensa em pensa em pescar o máximo possível, sem se preocupar com sua reprodução dos cardumes (primeiro caso); o outro pescador seria um órgão preocupado em criar cardumes em viveiros para distribuí-los, visando aumentar o volume de peixes no lado (segundo exemplo); o terceiro seria aquele pescador que simplesmente abre mão de parte do que pescaria, para favorecer a reprodução dos animais e assim poder gradualmente ampliar seu volume pescado (terceiro exemplo). Denota-se o caráter sustentável do último.
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