Hoje é 4 de julho
Julho chegou, mas não só ele, 3 dias de si já se foram embora. Hoje é quatro de julho, ou july forth, como preferirem. Não é apenas o dia em que, no século XVIII, um conjunto de heterogêneas colônias britânicas na América do Norte declarou independência à maior potência da época; mas é também, rememorando fatos recentes, o aniversário de um ano da renúncia do ex-senador Joaquim Roriz (PMDB do Distrito Federal, eleito em 2006) e do primeiro dia de abertura do 5oº CONUNE - Congresso da UNE, também em Brasília.
Eu estava dentro do prédio do Senado Federal no exato momento em que Roriz renunciou, conheci ainda mais a euforia dos repórteres, ávidos por notícias fresquinhas, principalmente dentro de um turbilhão de eventos que foi o escandalo nacional do Roriz com o Banco Regional de Brasília (BRB), suas nelores e o pai do dono da GOL.
Nesse dia almocei um saboroso salmão no restaurante do Congresso Nacional com funcionários do legislativo e quando dei por mim, estava cercado por parlamentares - entre eles, reconheci o nosso inconfundível sotaque amazônico de alguns membros da bancada paraense. Depois do almoço conferi a minha carteira e meus bolsos, - felizmente - nada havia sumido.
Houve até uma sessão especial em comemoração aos 50 anos da União Nacional dos Estudantes - a UNE, onde houve falas importantes do Sibá Machado, Nery, entre outros, e até do dinossáurico Mão Santa (Piauí). Ouvi comentários satíricos de que a direção da UNE (liderada pelo PCdoB) teria escolhido aquela data em apologia à independência dos Estados Unidos. Isso já não tenho como saber.
Esse congresso foi uma das maiores balelas que pode ter havido: jovens vão lá principalmente com o intuito de farra, curtição, azaração, do que para discutir soluções para a melhoria do ensino superior. Ainda existem os que vão para essa finalidade: discutem, discutem, xingam e são xingados e não se dão por vencidos: adiam a discussão. Fora falar da homossexualidade e até consumo de drogas - ilícitas - que ocorrem.
Lá a politicagem rola solta: políticos poderosos financiam jovens para ir ao congresso e lá eles defendem por tudo seus partidos e xingam, de tudo, seus adversários. Sumariamente. É algo maçante, triste e nada construtivo. Imaginai colocar no mesmo lugar a juventude do PMDB, do PFL (hoje DEM), PT, PSOL, PSTU, etc, e dar um microfone pra cada: o congresso da UNE é isso aí.
Ontem foi aniversário de meu primo e hoje é seu casamento: após quase uma década de namoro, hoje, aos (recém-completos) 29 anos de idade, sobe ao altar. Infelizmente por limitações financeiras não pude estar lá, mas ontem falei com ele: estava muito empolgado.
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